No final do mês de agosto, o Ministério da Saúde anunciou que iria oferecer a terceira dose da vacina contra o COVID-19 para pessoas idosas e imunossuprimidas. Para as pessoas idosas, a terceira dose será uma dose de reforço para manter a imunidade, pois esse grupo da população apresenta uma redução da proteção oferecida pelas vacinas por causa do processo natural de envelhecimento do sistema imune.
Em comparação com os mais jovens, pessoas acima dos 55 anos apresentam uma resposta mais baixa de determinadas células importantes para a resposta imune com a CoronaVac, vacina largamente utilizada na população idosa e fundamental para a redução de casos graves e óbitos. É importante frisar que esse fenômeno, isto é, de redução da efetividade, também acontece com outras vacinas, como a da AstraZeneca.
Dessa maneira, com exceção dos idosos que receberam a vacina da Janssen, todos idosos podem e deveriam receber a terceira dose da vacina contra o coronavírus. Essencial destacar que isso não significa que a vacina não está funcionando somente com duas doses, é apenas um reforço para garantir mais segurança.
A terceira dose já está sendo aplicada em imunossuprimidos, isto é, pessoas que receberam transplantes de órgãos sólidos e medula óssea, pacientes oncológicos, pessoas com HIV/AIDS, que utilizam medicamentos imunossupressores ou que possuem imunodeficiências, assim como pessoas acima dos 70 anos que completaram o esquema vacinal com qualquer vacina há 6 meses ou mais. A recomendação do Ministério da Saúde é a aplicação de dose de reforço com a vacina da Pfizer, mas no caso da sua falta, poderá ser substituído pelas vacinas da AstraZeneca ou da Janssen.